Luciana Honorata |
"O espirito natalino"
Acho muito interessante essa época do ano, com todas essas luzes nas praças e edificações, musicas temáticas, Papai Noel de todos os tipos, pinheiros enfeitados e cartões de crédito estourados. É um período bem interessante.
Até gosto de ver todas aquelas pessoas motivadas, o corre-corre frenético em busca dos presentes de amigos quase secretos (já que a informação sempre vaza ou alguém nos flagra comprando o bendito presente delator), shoppings e salões de beleza lotados, famílias migrando em retorno à terra natal para comemorar.
Dizem que é o tal “espírito natalino”.
O espírito que “enobrece” os corações dos homens uma vez por ano. Que os motiva a pendurarem pisca-piscas nas janelas e a doarem cestas básicas. Que nos faz desprezar o calor de 34°C e simular neve com espuma, ao mesmo tempo em que compramos presentes aos montes.
A responsabilidade da reconciliação dos amigos em discórdia nesta época do ano pesa sobre ele, que também é o motivador da generosidade que presenteia desde o porteiro do prédio à secretária maltratada o ano inteiro.
Até gosto de ver todas aquelas pessoas motivadas, o corre-corre frenético em busca dos presentes de amigos quase secretos (já que a informação sempre vaza ou alguém nos flagra comprando o bendito presente delator), shoppings e salões de beleza lotados, famílias migrando em retorno à terra natal para comemorar.
Dizem que é o tal “espírito natalino”.
O espírito que “enobrece” os corações dos homens uma vez por ano. Que os motiva a pendurarem pisca-piscas nas janelas e a doarem cestas básicas. Que nos faz desprezar o calor de 34°C e simular neve com espuma, ao mesmo tempo em que compramos presentes aos montes.
A responsabilidade da reconciliação dos amigos em discórdia nesta época do ano pesa sobre ele, que também é o motivador da generosidade que presenteia desde o porteiro do prédio à secretária maltratada o ano inteiro.
Esse tal aí me parece mais uma “maquiagem” sazonal. Porque você sabe, tem maquiagem para a pele, mas acho que o tal do “espírito natalino” é a maquiagem da consciência. Ele parece aliviar o coração de quem errou o ano inteiro e não quer entrar em outro ano com pendências no “SERASA” do Céu.
Pode faltar bondade em todos os outros 11 meses, mas ficamos mais generosos quanto se aproxime do 24° dia do derradeiro mês do ano!
Pode faltar bondade em todos os outros 11 meses, mas ficamos mais generosos quanto se aproxime do 24° dia do derradeiro mês do ano!
Minha mãe contou recentemente que um entregador fez essa mesma queixa contra o patrão. Sem meias palavras, ele falou algo bem parecido com isso:
“É o mês do meu aniversário, mas eu detesto dezembro, quero que passe logo. Olha só, dona, o cara não vale nada, faz ruindade o ano inteiro, trata todo mundo feito bicho. Essa semana ele chegou para mim e disse: ‘ei, tu conhece alguém a quem eu possa dar uma cesta básica? Alguém da favela, bem pobre’. Eu o levei lá, e quando a galera da favela viu, veio todo mundo pra cima da gente. Ele olhou pra mim covardemente e disse: ‘diz que foi tu, vão me assaltar’”.
“É o mês do meu aniversário, mas eu detesto dezembro, quero que passe logo. Olha só, dona, o cara não vale nada, faz ruindade o ano inteiro, trata todo mundo feito bicho. Essa semana ele chegou para mim e disse: ‘ei, tu conhece alguém a quem eu possa dar uma cesta básica? Alguém da favela, bem pobre’. Eu o levei lá, e quando a galera da favela viu, veio todo mundo pra cima da gente. Ele olhou pra mim covardemente e disse: ‘diz que foi tu, vão me assaltar’”.
Fiquei achando engraçado e curioso. Nada contra doação de alimentos. Também não tenho nada contra caridade, absolutamente! Mas, o que nos move a ser tão generosos no mês de dezembro, em maioria, não tem nos mantido assim nos demais.
Temos uma tendência ao tradicionalismo exacerbado, e costumeiramente a tradição é vazia de significado – é uma mera repetição do que foi feito por gerações, e a geração da vez o faz sem compreender e nem questionar.
Para falar a verdade, percebo que a maioria das pessoas nem lembra que o natal é a comemoração do simbólico aniversário de Jesus Cristo, cuja data verídica é desconhecida.
Temos uma tendência ao tradicionalismo exacerbado, e costumeiramente a tradição é vazia de significado – é uma mera repetição do que foi feito por gerações, e a geração da vez o faz sem compreender e nem questionar.
Para falar a verdade, percebo que a maioria das pessoas nem lembra que o natal é a comemoração do simbólico aniversário de Jesus Cristo, cuja data verídica é desconhecida.
O menino Jesus, neste contexto das comemorações natalinas, freqüentemente está muito tímido, representado em algum presépio, geralmente minimizados. O destaque mesmo é dado para as suntuosas árvores decoradas e o famoso Papai Noel.
Nisto resulta que, o que deveria ser uma comemoração cristã do nascimento do salvador da humanidade, tornou-se uma festa regada a álcool que mistura a exaltação de ícones desprovidos de sentido, e dotados de muita, mas muita futilidade.
O tal “espírito natalino” que atua um mês por ano, rouba a cena do Espírito que abençoa o ano todo – O Espírito Santo! Este é o Espírito que deve nos mover, não importa qual seja a data marcada no calendário.
Ele não vai nos estimular a perdoar apenas uma vez por ano, mas 70 vezes 7, como ensinou o Mestre Jesus – uma representação de atitude incansável que devemos ter ao fazê-lo.
Ele também não vai nos inspirar a ajudar aos pobres com a mesma freqüência com que pagamos o seguro do carro, nem a tratar as pessoas como elas merecem e precisam por míseros 30 dias ao ano. Ele deseja nos ensinar a andar deste modo, nos suprindo e equipando para fazê-lo cotidianamente.
Entretanto, o que me conforta, no fim das contas, é que tudo tem o seu lado bom. Nesse caso, um maravilhoso, por sinal. O momento é ideal para rever amigos, família, confraternizar. Também é um excelente pretexto para presentear quem se quer bem.
Tenho amigos que simplesmente não precisam, e me orgulho deles, porque não são movidos por espíritos tradicionalistas, mas pelo Espírito do Deus, que é generoso de Janeiro a Janeiro, e que dá a todos liberalmente tanto os Seus bens, quanto Seu amor, Sua graça e misericórdia.
Que eu e você sejamos movidos pelo Espírito certo, e seremos bem assim: “natalinos” o ano inteiro, amando a todos, e compartilhando o que temos de melhor com quem nos cerca.
Tenha um FELIZ NATAL!
Nisto resulta que, o que deveria ser uma comemoração cristã do nascimento do salvador da humanidade, tornou-se uma festa regada a álcool que mistura a exaltação de ícones desprovidos de sentido, e dotados de muita, mas muita futilidade.
O tal “espírito natalino” que atua um mês por ano, rouba a cena do Espírito que abençoa o ano todo – O Espírito Santo! Este é o Espírito que deve nos mover, não importa qual seja a data marcada no calendário.
Ele não vai nos estimular a perdoar apenas uma vez por ano, mas 70 vezes 7, como ensinou o Mestre Jesus – uma representação de atitude incansável que devemos ter ao fazê-lo.
Ele também não vai nos inspirar a ajudar aos pobres com a mesma freqüência com que pagamos o seguro do carro, nem a tratar as pessoas como elas merecem e precisam por míseros 30 dias ao ano. Ele deseja nos ensinar a andar deste modo, nos suprindo e equipando para fazê-lo cotidianamente.
Entretanto, o que me conforta, no fim das contas, é que tudo tem o seu lado bom. Nesse caso, um maravilhoso, por sinal. O momento é ideal para rever amigos, família, confraternizar. Também é um excelente pretexto para presentear quem se quer bem.
Tenho amigos que simplesmente não precisam, e me orgulho deles, porque não são movidos por espíritos tradicionalistas, mas pelo Espírito do Deus, que é generoso de Janeiro a Janeiro, e que dá a todos liberalmente tanto os Seus bens, quanto Seu amor, Sua graça e misericórdia.
Que eu e você sejamos movidos pelo Espírito certo, e seremos bem assim: “natalinos” o ano inteiro, amando a todos, e compartilhando o que temos de melhor com quem nos cerca.
Tenha um FELIZ NATAL!